Kona Coilair Supreme 2010

Já cortei o guiador a cerca de 755mm. Agora com mais rodagem e habituação começo a sentir-me confortável nela, vou começando a arriscar mais um bocado, e compreendendo o seu real funcionamento.

Nas subidas baixo sempre a suspensão para cerca de 80mm. Logo isto altera completamente o comportamento, pois remete uma muito maior quantidade de peso para a frente da bicicleta sendo mais fácil de trepar. A única vez que subi assim algo mais inclinado com a suspensão mais alta, dei por mim a julgar que o amortecedor estava a perder ar e o sag estaria maior. Ainda assim não se subia mal de todo.

Geralmente uso o propedal ligado e noto que ela nada bombeia no amortecedor, mas trabalha ligeiramente na mola. Ou seja, esta desempenha o trabalho de amortecedor tornando a bicicleta mais confortável e comendo todas as irregularidades do chão. Isto também contribui para uma maior tracção, e não tive até ao momento qualquer problema com esta, estando sempre à altura e falhando sempre eu, antes dela.
Apenas noto algum peso quando comparado com outras bicicletas, acelerando com mais dificuldade. Por outro lado o peso do rider está muito mais à frente tornando a progressão menos dolorosa.


A descer verifica-se a geometria acertadíssima. Digo isto pois tal como eu procurava é um dos quadros do mercado com menor Effective Top Tube Length (575mm no tamanho 17") e um Head Tube Angle bem aberto (cerca 66º reais), uma altura do BB ao solo média (que com o SAG se torna perfeita para mim), e uma distância entre eixos relativamente comprida devido ao comprimento da escora.

Este Head-Tube Angle faz com que os impactos sejam direcionados mais paralelamente às pernas da suspensão, causando nestas menos torção e facilitando o trabalhar, que tem de ser já muito bom, dado que se não transmitirá mais impacto ao quadro e rider. Neste aspecto julgo que a Marzocchi seja a suspensão ideial para estas condições.

O controlo da bicicleta quando se encontra fora do chão é muito bom, dando-me uma segurança enorme durante o airtime para a colocar da forma que me apetecer na aterragem. Mais uma vez para este facto ajudam o pequeno valor de ETT e a largura do guiador.

A curvar ainda não tenho uma total e completa opinião formada pois ainda só experimentei em terrenos com a terra muito solta e pó, sendo que esta aliada a uma alta pressão de ar nos pneus não facilita muito. De qualquer forma a distribuição do peso e a posição de condução são bastante acertadas, permitindo sentir que não se está muito alto nem muito atrás e assim chegar ao final das curvas com bastante velocidade.

O amortecimento traseiro é também muito do meu agrado pois a grande quantidade de curso disponível associada à existência de uma mola que absorve os mais pequenos impactos permite uma grande estabilidade da traseira nunca me transmitindo um único coice. É de referir usa sempre muito do curso disponível, deixando para impactos maiores apenas uma pequena parte do amortecedor, ou seja, tem um óptimo aproveitamento do sistema.


Para concluir vou enumerar alguns pontos bons e maus:

Bons:
-Sensibilidade de amortecimento;
-Sensação de usar bem o curso, transmitindo confiança;
-Geometria acertada para trilhos mais técnicos e inclinados permitindo ganhar velocidade.
-Muito bom controlo no ar

Maus:
-Pouca capacidade de andar em trilhos mais planos;
-Algum peso;
-A minha suspensão bate no quadro a virar demasiado;
-Medida de espigão de selim 30.0;


Está-me a parecer ser um quadro muito user-friendly, que transmite muita confiança e vontade de andar rápido, sem dar dores de costas nem se virar ao rider. Ideal para quem só anda em terrenos muito inclinados, sejam eles ascendentes ou descendentes.

Bem, com a mudança de clima já tive oportunidade de evoluir a minha opinião sobre a bicicleta. Agora a terra agarra mais e a minha confiança continua a aumentar (desde a queda no inicio do verão que me borrei todo). Já consigo ter uma boa noção de que se porta bem a curvar rápido e em zonas acidentadas, nunca deixando de ter a tracção desejada. Em trialeiras de facto dá-me imensa confiança a forma como não se deixa destabilizar com os impactos permitindo seguir linhas ou mudar de trajectória consoante a minha vontade.

A ver se tiro umas fotos decentes.

Tás a fazer inveja...
Vou mandar vir uma 2012 para mim!!!

Saíram os Avid juicy 5, entraram os Shimano SLX M666.
Saiu o avanço Specialized 55mm, entrou o avanço Funn 50mm.

Os travões ainda só andaram uma vez e estão a acamar as pastilhas, e o avanço confere um ligeiro aumento de controlo e precisão a curvar. Ambos já tinham muito uso e não queria ter uma desagradável surpresa (principalmente com o avanço) na bike que mais tareia leva.

uhh

NICE... So faltam uns discos à maneira e até saltas fora da bike quando travares...

Estes são maus? Julguei que fossem aceitáveis...

Também posso montar o SLX que vinha com os travões, mas é de 6 polegadas.

A EBC desaprova o uso desse tipo de discos

http://www.ebcbrakes.com/mountain_bike_brakes/index.shtml

além de me parecer que estão montados no sentido inverso jv !!!!

pbrajal escreveu:

além de me parecer que estão montados no sentido inverso jv !!!!

Humm, não me parece

Mas sim, acho que ficariam melhor uns discos de 180mm, mas se esses travarem bem, então por que mudar

Já tive essa dúvida, mas fui confirmar e é mesmo assim. Já comparei com outros discos cheios de licra e este tem maior área de contacto, mas também é óbvio que tem menos que os normais.
O da frente é de 180mm, o de trás é de 160mm. Os que vinham com os travões é que são ambos de 160mm. Acho que vou experimentar montá-los para testar, supostamente estes travões não aquecem muito e pode ser uma boa aposta.

Se te apetecer gastar uns trocos em discos e adaptadores, 203/180 ou até mesmo 203/203 são sempre bem vindos É apenas umas gramitas de nada a mais, e nunca se sabe quando é que podem dar jeito

Eu tenho 203/203 e não me arrependo nada. Não é por "meia dúzia" de gramas que me vou chatear, e tenho potencia para dar e vender.

Como diz o André, 203/180, ou pelo menos os 180/180!

De facto a orientação na embalagem e a marca indica que tens os discos na posição certa errada afinal

quanto ao tamanho do disco acho que depende tb do power dos travões e de duração das descidas... nunca tive discos inferiores a 180, mas ultimamente deixei ficar uns 160 que vinham com os formula... e deixei ficar... trava fixe, ou pelo menos suficiente para as voltinhas em Sintra...

tens os discos ao contrario .. pois a dissipação de de calor em vez de divergir nao converge!! repara la bem !!

boa máquina man....
não te esqueças q as marcas por alguma razão (além da puramente comercial) colocam determinados discos para determinados travões....será sempre de experimentar primeiro os de origem e depois se verá.....
nos meus avid ainda não ouvi nem experimentei melhores discos para os elixir r q os q vêm de origem...so....!!

parabéns pela decisão da bike...embora eu não a comprasse...reconheço q é uma das melhores marcas mundiais...pelo menos em ausência de problemas e garantias de fiabilidade em castas com força..( conheço um kona para ai de 2005 q ainda hoje nem raxa tem e olha q já aguentou muito mais q os meus dois ultimos carros, já mudou 3 vezes de dono( cada um mais bruto de andamento q o outro), só com 120mm curso e é sempre a andar.....é mesmo incrivel......é mais ao menos como os carros(motores antigos aguentam os recentes não há voltasa adar....

agora precisas de trazer a bike a folgosinho e à guarda....vá ké para deixares experimentar isso...

abraço

endurance escreveu:

tens os discos ao contrario .. pois a dissipação de de calor em vez de divergir nao converge!! repara la bem !!

exacto!

Na minha opinião, se a posso dar, os 180 para as ambas as rodas são os ideais para a nossa vertente (AllMountain) penso eu. Pois tenho uns Magura marta sl com rotores 180 e tenho poténcia quanto baste, aliás estes travões têm uma particularidade, não se dão á fadiga, nas descidas quanto mais se trava mais sensiveis ficam. Mas tudo é relativo e tem haver com a qualidade dos travões, tamanho dos discos e as pastilhas usadas (uso pastilhas de metal). Nos meus Magura só tem um defeito cada disco de origem custa a módica quantia de 60€. Cumps.

Meus caros, nem esses discos estão ao contrário nem os meus. Esses são Aligator, os meus são Superstar. E são diferentes, esses têm menos superficie de contacto que os meus. Vou continuar a testar, e eventualmente fazer algumas modificações caso os travões não estejam como desejo.

whatever a culpa foi minha mesmo...

Finalmente algumas fotos a andar:

Boas fotos! Estou a ver que houve sessão fotográfica. Já vi as do Mini e também estão altamente.

Foto da semana!

Tambem quero fotos bonitas!

a ultima foto está brutal!

Hoje lubrifiquei os pontos de rotação do Magic Link. Estavam a parecer um bocado encravados, e felizmente o mal foi cortado pela raiz. Apesar de ser um sistema aparentemente complicado, resume-se a uma mola, e um link que contem dois pontos de rotação, que podem ser lubrificados com uma bomba de massa pois possui Grease Port. Demorei um pouco a atinar bem com a coisa, mas a manutenção em si demorou uns 2 minutos, 95% deles a limpar os restos da massa que veio para fora.

E voltou ao normal, com a sensação de mola a ser devolvida à bicicleta.

De resto saliento a passagem dos cabos por cima, que me chateia um bocado quando a bicicleta está mais afundada eles dobram para fora e batem nas pernas.
A pintura tem-se aguentado bastante bem, com alguns riscos é certo, mas merecidos.

Essa lubrificação através dos "Grassers" realmente deixa vestígios por todo o lado.

Na minha "Ex-CoilAir" fazia isso numa oficina de carros e limpar a massa suja era a pior coisa Lubrificar era dois/três segundos

Quanto aos cabos, acho preferível tê-los por cima do que os trilhar por baixo, LOL que mau