Rockshox Pike RCT3 150

Já muito se falou desta suspensão, mas queria aproveitar para deixar uma análise com base no que já andei com ela.
Para começar esta análise á minha Pike, a qual está comigo já há 5 meses e com uns bons km já rodados, comecemos por sumarizar em poucos pontos o que salta á vista nesta suspensão:
O novo cartridge Charger, a nova tecnologia Rapid Recovery, as novas bainhas de 35mm face ás anteriores de 32mm, as jarras assimétricas no seu interior para reduzir o peso, o novo eixo Maxle Light de 15mm e a disponibilidade de dois modelos, a RC e a RCT3 (ambas disponíveis em versão Solo Air e Dual Position Air) e a possibilidade de escolha dos 3 tamanhos de roda atualmente no mercado.



O modelo da minha Pike, é a Solo Air RCT3 de 150mm roda 26”, possui as 3 posições que atuam a compressão do Charger em Open,Pedal e Locked, ajuste da compressão em baixa velocidade e ajuste do Rebound e de pressão de ar. Escolhi esta porque nunca fui grande adepto das suspensões de curso variável, já tive e conheço quem já teve e sempre houve problemas. Também acho que uma bike com boa geometria trabalha melhor com uma boa altura da suspensão tanto a subir como a descer. Como tive a oportunidade de confirmar quando andei com a Norco Range que a subir não matava ninguém, mas assim que baixava o curso para 130mm a minha posição em cima da bike já tinha de ser outra e nunca podia ir relaxado pois ao mínimo deslize ou movimento brusco, o mais certo era perder tração ou incrivelmente parar de imediato!!!
Isto devia-se ás alterações de geometria produzidas pelo baixar da suspensão, mas é uma opinião pessoal minha pois sei  que esta característica continua a ser apreciada por muitos.



O Charger é talvez o ponto mais interessante desta suspensão, trabalhando em sistema fechado dentro de uma peça em borracha evitando que o ar se disperse pelo sistema e permitindo que a cartridge funcione melhor. Graças ao sistema de vácuo produzido a suavidade é sentida durante todo o curso.
O interior das jarras assimétricas albergam casquilhos de tamanhos diferentes, e foi esta solução que permitiu reduzir drasticamente o peso da Pike. Apenas conseguimos observar para esta diferença se olharmos para as duas zonas conhecidas por Power Bulges que são um pouco diferentes uma da outra. O aspeto geral da suspensão é muito bom, robusto, de design agressivo e nesta versão toda em negro dá aquele look racing, muito Blackbox. Uma coisa é certa, a Pike ‘casa’ bem com qualquer bike em termos estéticos.
O trabalhar é muito suave, graças ao sistema Charger e até agora não tenho notado qualquer desgaste possível das bainhas, facto que aqui há uns atrás era coisa que se notava em alguns modelos com as bainhas em DLC, muito utilizadas pela Marzocchi nos modelos topo de gama e mais recentemente pela Rockshox nas Boxxer Blackbox, onde um par de bainhas apresentava desgaste ao fim de uma temporada.



A guia para o tubo do travão da frente, posicionada no lado esquerdo das jarras vem de uma vez por todas dar um ar mais limpo á coisa. O novo eixo Maxle Light foi pensado de raiz, realizado com novos materiais e mais fácil de ajustar, penso até que será muito difícil alguém se lembrar de uma melhor solução nos tempos mais próximos. É de 15mm por 100mm e apesar de estar há muito habituado ao eixo 20, não notei a mínima diferença para este!
A alavanca do mesmo é muito fácil de ajustar, sem ferramentas, vira em 360 graus. Na parte inferior da jarra temos o botão do rebound, e aqui temos mesmo que tirar o chapéu ao senhor Jeremyah. Quantos botões de rebound não perderam nos trilhos? Eu perdi a conta. Este simplesmente está fixo por um parafuso allen e dali só sai se quisermos, o jeito que isto não dava aqui há uns anos atrás!
Na jarra esquerda temos uma conveniente tabela de pressões de ar para vários pesos que serve como ponto de partida para afinar o sag da suspensão.
Uma coisa que ainda gostaria de ver, era um sistema de autosag com nos Fox feitos para a Specialized mas numa suspensão, acredito que quem se chegar á frente em primeiro lugar com este sistema vai colher dividendos, pois é um sistema que realmente funciona e é muito particular, pois ficamos com o sag correto para o nosso peso sem perdermos tempo nenhum, e até mesmo se quisermos emprestar a bike a um amigo para fazer umas descidas não nos temos de preocupar em alterar o mesmo para ele, pois de seguida poderemos facilmente colocar o sag correto para nós novamente.



Nos trilhos

Vou começar por dizer que a Pike, é sem dúvida uma das melhores escolhas disponíveis nos dias que correm para uma bike de Trail/Enduro.
Os settings são muito efetivos, umas voltas no low speed compression e no rebound, e sentimos a resposta diferente no trilho. Já ouvi pessoas dizerem que a subir a suspensão não é tão boa, pois a posição Lock, não bloqueia a 100%, mas se pensamos que comprámos uma suspensão para fazer subidas, então o melhor é procurarmos outra, pois esta foi feita para descer, isto não é uma Sid.  

A Pike responde muito bem em esforço, impressiona-me a sua direccionalidade, para onde a apontarmos ela vai sem se sentir qualquer flexão. A progressividade é ótima e a sensação de segurança que proporciona convida a largar os travões e ás vezes a pedalar em descidas onde não costumo faze-lo. Mesmo em trilhos mais duros com drops naturais e obstáculos de alguma dimensão, só por uma vez consegui com que ela batesse no fundo, e mesmo dessa vez não senti nem ouvi nada, apenas vi o o-ring vermelho cá em cima no final da descida!

Podem estar a pensar neste momento que a Pike é a suspensão perfeita, mas desenganem-se, não o é, pelo menos no meu ponto de vista. Já experimentei esta suspensão em muitos tipos de trilhos, e sem dúvida é nos mais rápidos que ela se sente á vontade, velocidade, agressividade na condução e usar o corpo em cima da bike para a levar a bom porto, faz com que pensemos que a Pike seja perfeita.
Mas é quando mudamos esta atitude na nossa condução, e optamos por um estilo mais relaxado e seguro que a suspensão revela-se. E isto deve-se aos settings de fábrica do Rapid Recovery e ao Charger, pois quando vamos a descer a fundo com aquele frio no estomago e o grande sorriso na cara, isto trabalha nas horas, mesmo no mais técnico e vertical dos trilhos, a Pike consegue ser muito boa, mas assim que abrandamos o andamento e optamos por uma condução mais defensiva, a suspensão pelo facto de estar sempre alta no seu curso, torna-se dura, e faz com que os nosso braços e pulsos sejam os primeiros a acusar o toque.
Na minha modesta opinião, uma suspensão quando é estudada por uma marca, deveria ser feita pelo pressuposto de que nem todos os riders tem o mesmo andamento, existem aqueles que descem como se numa corrida estivessem e aqueles que estão ali para se divertirem mas com contenção, aqueles que por uma razão de segurança apertam um pouco mais a manete do travão, pois no dia a seguir existe trabalho por fazer e para a maioria de nós não é isto que nos coloca o pão na mesa.

Isto é um aspeto que vocês podem dizer que é difícil de julgar, mas o que é certo é que a Rockshox colocou na Pike todo o seu know-how para faze-la ir rápido e com segurança, sacrificando o conforto em velocidades mais baixas e em estilos de condução menos agressivos. Esta característica pode ser atenuada com os tokens que são fornecidos com a suspensão, pois permite reduzir as pressões de ar no Solo Air e alterar de várias maneiras a sua progressividade de forma a tornar a suspensão mais confortável em baixas velocidades. Toda a gente que conheço de perto e que tem uma Pike, acaba sempre ao fim de algum tempo por inserir um token na câmara do Solo Air.
Não quero dizer que isto seja uma fragilidade da suspensão, mas é importante dizer que em conforto absoluto a Pike é um pouco mais difícil que outras suspensões, e então se saltarmos para outro ‘campeonato’ onde Bos Deville e DVO Diamond habitam, então ai a diferença é abismal e bastante percetível, pois já tive o privilégio de experimentar as duas e são outro mundo completamente diferente.
Nos dias que correm e atendendo em que vivemos numa era em que procuramos sempre um bom negócio, a Pike acaba por ganhar no campo em que mais nenhuma se consegue aproximar, e o factor preço é sem dúvida o seu forte, então se for online, creio que apenas a Mattoc se aproxima, mas depois vêm aquelas promoções doidas e lá se vai pelo cano, pois quando se vê Pikes a 399€, é bastante difícil uma pessoa olhar para o lado.

Conclusão

A Pike é sem dúvida o maior sucesso na história da Rockshox. É uma das melhores suspensões em performance/qualidade/preço no mercado atual.
Trabalha muito bem, é bastante leve e robusta e possui aquele ‘killer look’ que fica bem em qualquer bike. É perfeita para competição, em que temos de carregar no acelerador e reage bem estruturalmente quando optamos por ser agressivos na condução. O seu desempenho é deveras arrebatador, sobretudo para quem vem de outras suspensões mais antigas, caso das Lyrik’s e das 36 nas suas versões mais ‘velhinhas’. Deixa quanto a mim um pouco a desejar no conforto em geral, sobretudo quando temos de andar mais devagar, e quer queiramos quer não, temos de admitir que às vezes temos de ir devagar sejamos um pro ou apenas um principiante na modalidade, e é aqui que creio que a Rockshox muitas vezes deixa uma parte dos trabalhos de casa por fazer em relação a outras marcas.

tenho curiosidade numa coisa, naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Deve-se reconhecer o valôr de uma review como esta pois está bem feita ,detalhada e com os pormenores que fazem parte das afinações e componentes da suspensão e da qualidade do texto.
Por isso parabéns .Melhor penso que era mandar imprimir uma pike e a review e ir confirmar se condiziam uma com a outra.
Não conheço estas Pikes e fiquei com uma ou outra dúvida.Como o sistema Charger (que não sei em que consiste)influencia o desgaste/atrito/lubrificação das bainhas ?
Só vi eficácia neste aspecto no banho aberto pois o óleo que chegava aos casquilhos era em quantidade suficiente para haver suspensões que duravam anos sem problemas de desgaste nas bainhas ao passo que quando começou a haver lubrificações com 20cc de óleo só não faziam fumo porque estavam lá os retentores para impedir que ele saísse .
A outra dúvida que mantenho é se realmente ela absorve e controla-se a velocidade mais alta ,digamos 25/30km/h para cima sendo a ar e não mola.
Tive uma Float 36 R banho aberto .Quem tinha Talas convertia para Float e dizia que era uma melhoria enorme.Peso excelente,subia bem e a direito tudo bem.A descer prego a fundo meu deus .Queria arrancar-me os braços.No entanto toda a gente fala bem ,Fox é Fox e outras merdas como esta.
Tive que comprar uma suspensão de Freeride a fazer 170mm ,com mais um quilo dos dois que a Float tinha .Para muitos isso é um sacrilégio ,para mim foi deixar o sofrimento e fazer uma descida como se fosse um orgasmo,cheio de endorfinas no fim.Ponto.
Agora no plano/baixa velocidade não é do mais macio pois também não a quero a bombear demasiado a subir em pé.
Acredito que a Bos e a DVO sejam top no funcionamento mas isso paga-se no preço e nas manutenções e paga-se muito.Para mim não dá .É excesso de zelo e eu e muitos mais não somos bikers que justifique isso minimamente apesar de adorar bikes e mato.

Mais uma GRANDE review.
Obrigado João.

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

fakiko, em relação ás tuas dúvidas:
O Charger, funciona em sistema fechado, de modo a ar e óleo não se misturarem, não perdendo o ultimo qualidades e não havendo possibilidade alguma de ocorrer um fenómeno chamado de cavitação.
Este sistema já existe há alguns anos e foi primariamente criado para suspensões de motocross.
Não havendo ar misturado com óleo, o desempenho é sempre constante, mas este tipo de sistema funciona um pouco mais para o lado do durinho em baixas velocidades, em velocidades mais elevadas ai é que tiras todo o partido do sistema, para teres um pouco mais de conforto terias de retirar um pouco mais de óleo das jarras, mas comprometias a lubrificação das bainhas, pois a Pike leva apenas 5ml de óleo no lado do cratridge e 15ml no lado do Solo Air.
Com isto, se não tivermos cuidado com as manutenções, sobretudo estarmos atentos com a quantidade de oleo de lubrificação, podemos ter um desgaste rápido das bainhas.
A titulo de exemplo, a minha Pike ao fim de 2 meses de uso estava já apedir que lhe colocasse novo óleo nas jarras e mais massa nos retentores, demonstrando aqui que as quantidades de óleo são muito poucas. Decidi aumentar os niveis de óleo para experimentar, 20ml no lado do ar e 10ml no lado Charger. Continua a utilizar quase todo o curso e aumentei assim um pouco o intervalo entre manutenção na parte inferior da suspensão.
Quando falo em desgaste das bainhas, este anodizado preto é um pouco diferente do DLC (diamond like coating) mas vai desgastar na mesma, só que também vai levar mais tempo. O processo de anodização do DLC é diferente e as bainhas ficam com tratamento ainda mais fino que o anodizado duro normal, havendo mais desgaste em pouco tempo.
Foi por esta razão e também pelo preço do DLC que a Marzocchi deixou de produzir as suas suspensões topo de gama com o DLC nas bainhas, e mais recentemente a Rockshox que também decidiu retirar o DLC das suas Boxxer Blackbox.

bernabasket escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

Amigo Bernardo, esse procedimento serve para detectares se a tua suspensão tem um bloqueio hidráulico provocado por excesso de óleo, o conhecido hidrolock, ou se o procedimento de sangramento do Charger foi bem feito.

João Candeias escreveu:

bernabasket escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

Amigo Bernardo, esse procedimento serve para detectares se a tua suspensão tem um bloqueio hidráulico provocado por excesso de óleo, o conhecido hidrolock, ou se o procedimento de sangramento do Charger foi bem feito.

entao que fazes para resolver isso?
falta de pressao nao é que ando com 1 token e 75 psi, isso do zip nesta nao fiz mas fiz na que foi para a garantia e ma subestituiram(problemas no charger)
que ha mais a fazer?

tiagomano escreveu:

João Candeias escreveu:

bernabasket escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

Amigo Bernardo, esse procedimento serve para detectares se a tua suspensão tem um bloqueio hidráulico provocado por excesso de óleo, o conhecido hidrolock, ou se o procedimento de sangramento do Charger foi bem feito.

entao que fazes para resolver isso?
falta de pressao nao é que ando com 1 token e 75 psi, isso do zip nesta nao fiz mas fiz na que foi para a garantia e ma subestituiram(problemas no charger)
que ha mais a fazer?

Se levantares a roda do chão e puxares as jarras para baixo, quando as largas ela perde esses 5% de imediato ou fica com o curso todo??
se fizer um efeito tipo vacuum, puxar novamente as bainhas sem que lhe faças rigorosamente nada, então precisas de desmontar o solo air e colocar massa no o-ring que separa a câmara positiva da negativa e limpar bem a zona que faz essa transição. Também podes experimentar tirar o ar todo da suspensão, coloca uma pressão maior do que aquela recomendada para o teu peso e faz a suspensão trabalhar para compensares a câmara negativa. Depois tira o ar necessário para fazer o sag indicado para o teu peso.

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

João Candeias escreveu:

bernabasket escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

Amigo Bernardo, esse procedimento serve para detectares se a tua suspensão tem um bloqueio hidráulico provocado por excesso de óleo, o conhecido hidrolock, ou se o procedimento de sangramento do Charger foi bem feito.

entao que fazes para resolver isso?
falta de pressao nao é que ando com 1 token e 75 psi, isso do zip nesta nao fiz mas fiz na que foi para a garantia e ma subestituiram(problemas no charger)
que ha mais a fazer?

Se levantares a roda do chão e puxares as jarras para baixo, quando as largas ela perde esses 5% de imediato ou fica com o curso todo??
se fizer um efeito tipo vacuum, puxar novamente as bainhas sem que lhe faças rigorosamente nada, então precisas de desmontar o solo air e colocar massa no o-ring que separa a câmara positiva da negativa e limpar bem a zona que faz essa transição. Também podes experimentar tirar o ar todo da suspensão, coloca uma pressão maior do que aquela recomendada para o teu peso e faz a suspensão trabalhar para compensares a câmara negativa. Depois tira o ar necessário para fazer o sag indicado para o teu peso.

amanha vou ver isso, ela mal chegou ontem abri a suspensão para lhe meter o oleo de lubrificação,que a primeira nao tinha, mas esta tinha nao sei porque, talvez porque veio nova deles em substituição , mas ela ja estava com o curso em 5 % antes de sequer a abrir, alem de por o oleo conforme o indicado instalei 1 token
quando a pressão nesta ainda tenho que ver, mas na outra cheguei a meter ao maximo e comprimir umas vezes que tinha lido que as vezes poderia ser massa a obstruir aquela ranhura que tem na camera de ar

que massa metes no solo air, a mesma (pit stop/ sram butter ) que se mete nos retentores ?

Stendec Easy Glide Fork

João Candeias escreveu:

Stendec Easy Glide Fork

fui agora a bike e de fato faz o tal vacuo
para limpar esse o ring que falas como fazes?
tiras as jarras,e o topo do solo air e empurras a "vareta" do solo air para cima?

fakiko escreveu:

.Como o sistema Charger (que não sei em que consiste)influencia o desgaste/atrito/lubrificação das bainhas ?
Só vi eficácia neste aspecto no banho aberto pois o óleo que chegava aos casquilhos era em quantidade suficiente para haver suspensões que duravam anos sem problemas de desgaste nas bainhas ao passo que quando começou a haver lubrificações com 20cc de óleo só não  faziam fumo porque estavam lá os retentores para impedir que ele saísse .

Deve ser por isso que há uns "malucos" que pagam 400 dolares para fazer "downgrades" para cartriges open bath nas Pikes e Fox's como os da Avalanche.

BTTR escreveu:

Mais uma GRANDE review.
Obrigado João.  

Thanks

tiagomano escreveu:

João Candeias escreveu:

Stendec Easy Glide Fork

fui agora a bike e de fato faz o tal vacuo
para limpar esse o ring que falas como fazes?
tiras as jarras,e o topo do solo air e empurras a "vareta" do solo air para cima?

Tiago convinha mesmo desmontares tudo, pois deverias limpar o interior da bainha e lubrificar o o-ring que separa a câmara positiva da negativa.
Se achas que não vale a pena fazeres esse trabalho agora, visto ela ser nova, deixa ficar assim enquanto não lhe fazes uma revisão a fundo, mas atenção, se o começares a notar que esse efeito vai aumentando com o o uso da suspensão, então o melhor é intervir logo!!!

tiagomano escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

João Candeias escreveu:

bernabasket escreveu:

João Candeias escreveu:

tiagomano escreveu:

tenho curiosidade numa coisa,  naquela marcação lateral do curso para fazer o sag é suposto estar a fazer os 100% ou faz sempre um bocado de negativo?
eu pelo menos na minha primeira pike(que acabou por ir para tras por garantia) e na que chegou hoje nova ficam sempre com 5 %

Isso é a camara negativa.

É para resolver esse problema que falam em tirar o ar, colocar um zip tie no retentor e comprimir a suspensão?

Amigo Bernardo, esse procedimento serve para detectares se a tua suspensão tem um bloqueio hidráulico provocado por excesso de óleo, o conhecido hidrolock, ou se o procedimento de sangramento do Charger foi bem feito.

entao que fazes para resolver isso?
falta de pressao nao é que ando com 1 token e 75 psi, isso do zip nesta nao fiz mas fiz na que foi para a garantia e ma subestituiram(problemas no charger)
que ha mais a fazer?

Se levantares a roda do chão e puxares as jarras para baixo, quando as largas ela perde esses 5% de imediato ou fica com o curso todo??
se fizer um efeito tipo vacuum, puxar novamente as bainhas sem que lhe faças rigorosamente nada, então precisas de desmontar o solo air e colocar massa no o-ring que separa a câmara positiva da negativa e limpar bem a zona que faz essa transição. Também podes experimentar tirar o ar todo da suspensão, coloca uma pressão maior do que aquela recomendada para o teu peso e faz a suspensão trabalhar para compensares a câmara negativa. Depois tira o ar necessário para fazer o sag indicado para o teu peso.

amanha vou ver isso, ela mal chegou ontem abri a suspensão para lhe meter o oleo de lubrificação,que a primeira nao tinha, mas esta tinha nao sei porque, talvez porque veio nova deles em substituição , mas ela ja estava com o curso em 5 % antes de sequer a abrir, alem de por o oleo conforme o indicado instalei 1 token
quando a pressão nesta ainda tenho que ver, mas na outra cheguei a meter ao maximo e comprimir umas vezes que tinha lido que as vezes poderia ser massa a obstruir aquela ranhura que tem na camera de ar

que massa metes no solo air, a mesma (pit stop/ sram butter ) que se mete nos retentores ?

A pike tem uma "manha" que a pode fazer ficar mais baixa. Talvez seja esse o problema da tua. Eu quando recebi a minha tive esse problema, vê esta foto:



A Pike só compensa/equilibra a câmara negativa com a positiva mesmo toda esticada, por vezes é preciso ajudar com a mão a esticar para ele compensar se a diferença de pressão for grande até se ouve o pssssst dela a passar o ar.

O que me aconteceu foi que quando a recebi enchi até ao máximo recomendado para esticar a suspensão e ver se estava tudo nos conformes ou se rebentava tudo pelas costuras, e depois é que acertei para a pressão certa. Ao fazer isto com a pressão elevada ela esticou bem até ao ponto de compensar sozinha e depois quando a vazei encolheu afastando-se do ponto de compensação e como ficou com 150 na negativa e apenas 70 na positiva não se conseguia nem à mão esticar a suspensão até ao ponto de compensação havia muito ar na negativa que impedia de esticar toda.

A solução é encher até ao máximo e aí conseguimos esticar até compensar e depois ir vazando por exemplo 10 psi de cada vez e ir compensando à mão, a suspensão com a pressão certa tem de ficar toda esticada se tiver as câmaras equilibradas, se não ficar podes fazer isso dos zip ties nos retentores pode estar a fazer vácuo nas pernas da suspensão, eu costumo tirar o ar até conseguir por a suspensão a meio curso e ponho o zip tie para que a perna não faça nem muito vácuo nem muita pré-carga e depois é que afino a pressão da suspensão e estico sempre à mão para ter a certeza que a suspensão compensa...

Quando sei que vou fazer um percurso grande de XC e quero baixar a frente, uso esta "manha" de forma a reduzir o curso da suspensão, meto por exemplo 90psi, compenso a suspensão, depois vazo até aos 75, e ela fica mais baixa e mais confortável porque fica mais rápida a ir para baixo por ter mais ar na negativa, não convém é ir para as dropalhadas assim que ela esgota facilmente assim...

tentei isso e apesar de ouvir o barulho do ar que falavas aquilo deve ter massa a mais na ranhura que faz a ligação entre a positiva e a negativa

Tambem tenho uma Pike há cerca de 3meses, que manutenção fazem? De quanto em quanto tempo...etc

Eu até agora apenas fiz o Lower Leg Service e o Air Spring Service e estou a contar fazer isso uma vez por ano. Quando for necessário fazer o Damper Service não sei se tento fazer ou se mando a uma loja logo se vê...

O lower leg service com a pouca quantidade de oleo qur aquilo leva acho que se deve fazer de 3 em 3 meses se se andar regularmente

Quanto a parte do ar. Em que cobsite exatamente isso? Guias te te pelo service manual no site deles?

Fazem vocês isso?
Que oleos e massas lubrificantes usam?
Numa oficina são serviços para custar quanto?

tiagomano escreveu:

O lower leg service com a pouca quantidade de oleo qur aquilo leva acho que se deve fazer de 3 em 3 meses se se andar regularmente

Quanto a parte do ar. Em que cobsite exatamente isso? Guias te te pelo service manual no site deles?

Sim fiz pelo service manual da sram, a parte do ar é desmontar um freio e tirar a tampa de cima onde se mete os botomless tokens e tirar esse veio e limpar e meter massa nova nessas borrachas, é muito simples.

David Miguel escreveu:

Fazem vocês isso?
Que oleos e massas lubrificantes usam?
Numa oficina são serviços para custar quanto?

Sim essa manutenção básica é muito fácil de fazer em casa, uso o óleo da rockshox indicado que é o 0w30 e a sram butter ou a sram PM600 que é a que tenho neste momento. Comprei um litro de óleo e uma recarga das grandes de massa, se não me engano ficou em menos de 40€, uma revisão dessas penso que fica pelo menos em 50 euros não sei é exactamente o que inclui essas revisões provavelmente fazem mais coisas...

Para a semana a ver se faco isso

Eu comprei 120 ml do oleo por 3 euros e uma.bisnaga de sram butter por 5 .portanto da para ver o quao barato e